Coisa que há anos não faço. Quando digo anos, são quase duas copas do mundo. Fui revirar isso tudo aqui e a última coisa que se parecia com um texto era de 2009. Dois mil e nove. Sete anos. Em sete anos eu não parei para nada aqui. Não registrei mais nada. Não que eu tenha perdido todas as memórias destes anos. Muita coisa ficou e está arquivada em fotos ou em mensagens do twitter ou facebook, porém todos estes registros não ajudam em nada a reviver as verdadeiras memórias daqueles momentos. Mentira, claro que ajudam. Talvez não ajudem a perceber o quanto mudei, se houve ou não avanço em alguns pontos da minha pessoa. A melhor maneira que encontrei para mim - em outra época da vida - foi sempre ler as coisas que escrevia. Entre os anos de 2002 e 2006 escrevia diariamente, aliás, vezes por dia. Quando comecei a escrever aqui hoje era menos de 04 horas da manhã, e agora são praticamente cinco horas (e o dia raiando) pois fui visitar antigos backups dos textos de outrora. Encontrei mensagens de pessoas queridas, variando de declarações de amor a textos motivacionais e sinceros elogios.
Ok, grande coisa essa nostalgia. Qual o motivo de você ter aberto esse campo aqui, esse formulário para expor ideias que talvez nunca cheguem perto de ninguém?
Precisa de motivo?
Quis escrever. Quis por para fora algo que não saiu. Apenas uma reflexão sobre nossa mania de achar que sabemos ou podemos prever reações das pessoas.
Pausa. São cinco horas da manhã e as ideias estão falhando. Não vou publicar pela metade. Não vou publicar apenas as palavras acima que são nada mais que o resultado de vários tipos de frustrações, arrependimentos e saudades. Até aqui é um rascunho que ficará salvo nesse dia. 10 de julho de 2016. Antes dessa data, foi feito um texto de poucas linhas que se resumia a reclamar da vida sem nenhuma atitude em 06/11/2006. Cara, quase 10 anos. As coisas que existem aqui neste blog não posso chamar de texto porque praticamente são tweets mais extensos do que textos no sentido próprio e bíblico da palavra.
Salvando o rascunho. E boa noite. E publicando. Em agosto.